quinta-feira, 16 de abril de 2015

Apenas 3% de todo o lixo produzido no Brasil é reciclado

30% do lixo produzido no Brasil poderia ser reaproveitado.
Número de municípios que implantaram programas de reciclagem aumentou

No final do ano passado entrou em vigor o Plano Nacional de Resíduos Sólidos como uma forma de incentivar a reciclagem de todo tipo de lixo. O de casa, das ruas, da indústria e do comércio, mas oito em cada dez municípios brasileiros ainda não tem programa de coleta seletiva e os que têm, poderiam reciclar muito mais do que fazem hoje.
Desde domingo (5) supermercados de São Paulo só podem usar sacolinhas feitas de matéria-prima renovável, menos prejudicial ao meio ambiente.
Os brasileiros jogam fora 76 milhões de toneladas de lixo – 30% poderiam ser reaproveitados, mas só 3% vão para a reciclagem.
Em dez anos, o número de municípios que implantaram programas de reciclagem aumentou de 81 para mais de 900. Mas isso não representa nem 20% das cidades.
Curitiba é a capital com melhor programa de reciclagem. Das mais de 1,5 mil toneladas diárias, cento e dez têm potencial pra reciclagem e quase 70% são reaproveitadas.
Mas a reciclagem no Brasil ainda está engatinhando. Veja a situação nas três maiores capitais: 
Em São Paulo, 12,5 mil toneladas de lixo domiciliar são recolhidas todos os dias - 35% são materiais que poderiam ser reciclados, mas só 3% são reaproveitados.

A prefeitura do Rio de Janeiro informou que recolhe cerca de dez mil toneladas de lixo por dia, mas não informou quanto é reciclado. A capital mineira, Belo Horizonte, recolhe 1,8 mil toneladas. Podia reciclar o dobro do que reaproveita.
Quem trabalha em programas de reciclagem diz que falta uma integração maior entre o cidadão, as empresas e o poder público, e um programa que atenda a todos os tipos de lixo.

“Estou falando de outros resíduos que estão na sua casa e não vão ser reciclados: lâmpada fluorescente, medicamentos, parcela de resíduos que não estou falando que é reciclável, mas precisa ter destino adequado senão vai trazer impacto em questão ambiental e saúde”, diz Roseane Souza, da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental.
“Um pouquinho você vai fazer, o outro vai fazer, todo mundo vai fazendo assim vai ficar uma coisa melhor. Na idade que eu já estou, eu tenho que mostrar para minha neta que ainda tem jeito”, fala a recicladora Célia Fonseca.

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